Preparação de Amostras

Coordenação:
Prof. Gregory Thomas Kitten

Preparação por Criotécnicas:
pcrio@microscopia.ufmg.br

Técnicos
Janine Costa Ivo
Thalita Souza Arantes

CONGELAMENTO

Congelamento por imersão – Plunge Freezing

Congelamento ultrarrápido, no qual as amostras são imersas em etano líquido (agente criogênico) a uma temperatura de -183 °C. A técnica é indicada para amostras em suspensão aquosa, com tamanho de até 250 nm, como complexos proteicos, vírus, lipossomas, filamentos de citoesqueletos, organelas isoladas, nanopartículas, entre outros.

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Congelamento sob alta pressão – High Pressure Freezing

Congelamento em nitrogênio líquido, sob pressão de 2100 bar, que permite a vitrificação de amostras mais espessas (até 200 µm) sem o uso de agentes crio-protetores. É indicada para amostras de tecidos (animal e vegetal), células em suspensão ou em monocamada, emulsões, entre outros. Após congeladas, as amostras podem ser criofraturadas (Freeze Fracture System – Leica EM BAF060) ou submetidas a um processo de substituição a frio (Freeze Substitution – Leica EM AFS2), o que possibilita a inclusão em resinas para microscopia eletrônica de transmissão ou secagem em ponto crítico e metalização para microscopia eletrônica de varredura.

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CRIOFRATURA

Método baseado na fratura física de amostras biológicas congeladas (criofratura) que permite analisar detalhes estruturais do plano fraturado por microscopia eletrônica de transmissão. Após fratura, deposita-se uma camada de platina/carbono sobre a superfície, formando-se uma réplica de todo o plano fraturado. Em seguida esta réplica é lavada e depositada sobre uma grade para análise no microscópio de transmissão. Dentre as técnicas de preparo de amostras para microscopia eletrônica, é a única que permite a visualização plana da organização interna de membranas biológicas.

Crio-substituição

Método que se baseia na substituição da água vitrificada (formada durante o congelamento no (High Pressure Freezer – Leica EM HPM 100), contida na amostra, por acetona (solução de substituição). No caso de amostras biológicas, a solução de substituição pode conter fixadores químicos e contrastantes para auxiliar na preservação de estruturas e para aumentar o contraste. Após a crio-substituição, as amostras podem ser embutidas em resina, submetidas ao processo de ultramicrotomia para obtenção de cortes ultrafinos (30 a 90 nm) para análise no microscópio eletrônico de transmissão convencional. Outra opção, é realizar secagem em ponto crítico de CO2, montar em stubs e metalizar para análise no microscópio eletrônico de varredura convencional.

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Crio-ultramicrotomia

Obtenção de secções ultrafinas com espessura de 10 nm a 15 µm de amostras mantidas congeladas em câmara fria, em temperatura de -15 °C a -185 °C.  As secções podem ser analisadas no microscópio eletrônico de transmissão, microscópio eletrônico de varredura, microscópio de varredura por sonda e microscópio óptico. Indicado para diversos tipos de amostras como: tecido, polímero, metal ou nanopartículas.